A origem do tarot não é conhecida, mas evidências sugerem que as cartas, como as conhecemos, existem desde o século XV. O primeiro baralho de cartas de tarot conhecido, designado por Visconti-Sforza, é italiano; o segundo, e mais completo, é conhecido por baralho Charles VI, nome do rei de França da altura, apesar de haver dúvidas sobre se este também seria de origem italiana. A evidência mais remota de cartas para jogar parece estar no século IX, na China e, portanto, o tarot medieval poderá derivar destas cartas mais antigas.
Pensa-se que as cartas do tarot tenham sido usadas em jogos, conhecidos como tarocchi. A única evidência de que as cartas serviriam para adivinhar o futuro, remonta ao século XVIII, apesar de haver, por outro lado, evidências menos fortes de que esta utilização já existiria anteriormente.
As imagens simbólicas das cartas de tarot reflectem a cultura medieval e renascentista europeias, de onde, efectivamente, emergiram. Existe uma influência multicultural na Europa renascentista, incluindo o pensamento hermético que vem do antigo Egipto e da antiga Grécia, e de outros sistemas mânticos, como a Astrologia e a Cabala. Todos estes sistemas divinatórios teriam seguidores, e as imagens das cartas de tarot reflectem isto mesmo. Contudo, apesar de as cartas terem, claramente, estas raizes no passado mais antigo, há uma qualidade intemporal no simbolismo que contêm, e que se transmite a todas as culturas, assegurando a sua popularidade.
O baralho de Rider Waite Smith é um dos mais populares, criado em 1909 e desenhado pela artista Pamela Coleman Smith, de acordo com as intruções de Arthur Edward Waite, um académico, maçon livre e proeminente membro da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado (Hermetic Order of the Golden Dawn). Constituído por 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores, o conjunto destas 78 magníficas cartas contêm os segredos ou mistérios que traduzem todos os aspectos e vicissitudes que podem caracterizar a nossa vida.
Com este blog quero inspirar e ajudar quem procura esta via, trilhar este caminho ligado ao mundo espiritual e esotérico, se assim quisermos chamar, sem pretenciosismos e arrogâncias... e sem preconceitos. O que se pretende é falar abertamente sobre um mundo, ou dimensão, que é muito maior do que o físico, com horizontes muito mais dilatados do que o olhar normalmente alcança.
Sabem, eu adoro estas cartas, as suas cores, os seus símbolos, as suas figuras, os seus segredos e significados. E é isto que quero partilhar convosco. Continuo sempre a aprender (é mesmo uma eterna aprendizagem), para que possa melhorar a cada dia que passa.
Sejam felizes!
Nota: este post contém excertos, com tradução livre, do livro de Alice Ekrek, The Tarot Oracle, Copyright © 2012 Arcturus Publishing Limited